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História

Festival de Teatro da Terra dos Poetas - Santiago Encena

O festival iniciou apenas com caráter local, devido ao número de grupos existentes da cidade e o trabalho realizado pelas escolas. Na sua 2ª edição passou a ser estadual e era um Festival de Teatro Amador e Dança Coreografada. A partir de 2010 passou a ser apenas Festival de Teatro. Suas edições só foram interrompidas pela pandemia da Covid-19 desde a sua criação e não houve interesse em realizar uma edição virtual. Pensando em incentivar o teatro nas escolas foi criado o "Enceninha" com três categorias: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio que acontece antes do Festival. Na sua abertura acontece a premiação do Festival Estudantil e entrega do Troféu Caio Fernando Abreu ao destaque cultural do ano em Santiago.

"Antes de poder falar do Santiago Encena, nós temos que falar da cidade de Santiago "Terra dos Poetas" a identidade cultural do nosso município, ela foi com base na pesquisa das inúmeras produções dos artistas locais. E quando a gente fala da "Terra dos Poetas", não é só de quem escreve poesia, mas naquela concepção grega da "Poíesis", onde aqui em Santiago é poeta todo aquele que se expressa a partir da sua arte....

Antes de surgir o festival, havia vários grupos teatrais...

Destes grupos surgiam muitos textos autorais, já estavam nesta vertente literária, assim escreviam muito suas peças. Surge, assim, um cenário muito propício ao teatro."

Relato: Rodrigo Neres, Coordenador Santiago Encena
 

Trajetória ao longo das edições

La na década de 90 se tinha uma concepção de que dentro do teatro havia uma dicotomia; que havia um teatro profissional feito pela academia, feito pela trajetória de grandes nomes de grandes grupos e para o teatro amador que era feito pelas pessoas comuns, de diversas profissões e que tinham o teatro como um hobby, uma paixão, este era o cenário do teatro em Santiago, conforme Rodrigo Neres relatou.

Em 1997, surge o 1º Santiago Encena, se espelhando em outros festivais como no próprio "Porto Alegre Em Cena", o coordenador da época era o professor e teatrólogo Renato Polga, ele que vai articular e incentivar e assim constrói o Santiago Encena que surge em um âmbito municipal devido a grande demanda de grupos no município.

Em sua priori é constituído de duas categorias, teatro e dança coreografada. Com a boa repercussão, o festival passa a ser aberto a grupos de fora da cidade, sendo criadas as categorias local e regional.

Iniciou sua trajetória no auditório do centro cultural (Lions Club Centro), após muda-se ao Círculo Militar e também é desenvolvido no antigo cinema da cidade.

A trajetória dos artistas e grupos locais é pesquisada e compilada pela organização do festival e de como estes artistas participaram ao longo dos anos do festival artistas como Renato Polga e Angela Genro.

Curiosidades

- Em 2010 é retirada a categoria da dança e o festival assume seu formato de ser apenas um festival de teatro.

- Por um bom período de tempo, o festival tinha uma parceria com a coordenação do curso de artes cênicas da UFSM a fim dos mesmos serem avaliadores do festival e também desenvolverem oficinas à comunidade.

- Em 2019 foi a 23ª edição ininterrupta do festival, com pausa apenas em 2020 e 2021 devido à pandemia causada pelo Vírus Covid-19.

- A organização do festival, após suas edições produz relatórios da construção do evento para aquele ano, desde e-mails trocados, fotos recebidas, notícias de jornais, crachás, etc.

- Até 2019, foram 132 grupos diferentes que participaram do festival (dado obtido conforme registro da organização) com 192 espetáculos nestes 23 anos.

- Santiago, no RS, é a terra do grande jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro Caio Fernando Abreu

Perspectiva de Legado

Enceninha: com 6 edições, é um projeto criado pelo festival, onde alunos desde a educação infantil até o ensino médio, tem o teatro como matéria de estudo e construção prática dentro do ambiente escolar. Visa a formação para professores e a construção de uma apresentação (dança coreografada para a educação infantil e espetáculo teatral às demais séries).

O teatro escolar é constantemente introduzido dentro do ambiente da escola tendo em vista a origem do Santiago Encena dentro deste espaço.

Economia Criativa e o Santiago Encena

O festival faz parte do plano anual de recursos públicos municipais sendo 100% de investimento com recursos públicos, onde o departamento de cultura o aloca em seu plano de ação.

Em sua história, o festival já obteve recursos via LIC - RS, Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Rio Grande do Sul.

As parcerias público/privadas fazem parte do evento, com doações de gêneros alimentícios, brindes e até mesmo em serviços. 

Os espetáculos produzidos dentro da cidade movimentam a economia local, tendo em vista as suas pluralidades e a fácil aceitação pela comunidade.

Gestão Santiago Encena

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Rodrigo Neres

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Coordenador do Festival

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Departamento Cultura

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Entidade Mantenedora

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